Pintas naquele retrato todo o sentimento que durante meses transcreveste por entre as mais macabras linhas de uma dor que permanece, num risco que corroí cada esboço que se foi construindo, um esborratado de um caminho que pensei que o sentisses, num caminho que me arrancaste junto de folhagem das mais quentes cores.
O mais engraçado é seres o único a entender por inteiro cada palavra que escrevo e nem assim, consegues decifrar o que na verdade pretendo dizer, preferes a ilusão de uma cidade rodeada de seres imundos, de cores e grafismos tão importantes para divulgar um tal alguém, para mim o ser ninguém é um fascismo de uma realidade, é o reviver de cada momento, desfrutar daquela esperança, daquele silêncio que entra pelos meus lábios, que enrola na minha língua, controlando o cérebro, controlando cada palavra pronta a dizer. Silêncio que não esquecerei, palavras que não descreverei, momentos que na verdade não esquecerei...
Mas então volto a ser o ninguém, não preciso de fama e de muito menos preciso de uma humilhação por entre campas de bares, por entre mortes de um rasgar de um céu, um rasgar de um sol, de um calor que magoa, de um amor que na verdade não se perdoa, não se doa, apenas se ama !!
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