quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Adormecer de uma História

Deito-me sobre a almofada, ouço a chuva cair, onde o céu é iluminado, onde espreitam raios de luz por entre a janela do meu quarto, tentando proteger o que na verdade quero sentir ou pensar. Sei bem quem sou, sei bem o que sou, escondes a voz por entre caminhos que disseste ser nossos, na verdade nosso não temos nada, a não ser momentos que agora são parte de um passado.
E então adormeço por horas, por momentos, onde o pensamento é vago, escuro e desordenado, ofuscando imagens, momentos que aconteceram e que poderiam ter acontecido, na verdade esqueço o que realmente me fez adormecer, mas volto a abrir os olhos, sinto os meus lábios secos e continuas sem estar ao meu lado, eu queria poder te odiar, poder vaguear e acordar deste maldito pesadelo em que me colocaste, onde eu me coloquei...
Apenas disseste ser diferente e agora apenas me restam lágrimas para recordar e conseguir abrir aquele livro cheio de memórias e lutas travadas numa história que na verdade apenas a mim me pertencia, não lutaste, apenas fugias a cada problema, apenas fingias acreditar em algo que destruíste, magoando cada gesto, cada forma de ser e estar. Não queria crescer desta forma, não queria ter esta imagem tua e recordar tudo o que passámos mas... como me disseste "Amar não é tudo" (justificação para que o livro tivesse fim, para que a história num nós, ficasse apertada num nó, cravada numa noz, um fim).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um suspiro.. uma Voz

Existem sonhos que pensamos vir a alcançar, momentos que surgem num abrir de uma janela, sendo empurrada pelo vento aquela falsidade de um desenho que tu próprio fizeste, sempre soubeste que nada seria perfeito, mas também não sabias que seria tão imperfeito. De pensamentos que não se cruzam, de desejos, de ideais que não se completam, de um respeito que os outros não observam. Mas tu sabes o que és, tu sabes o que queres, sabes o que é melhor para ti, mas saberás mesmo'? Ou terás medo de ficar por entre mundos sem uma digressão tua, sem uma imagem tua, sem um olhar ou um abraço que reconforta...
E quando dás por ela, surge algo e agora '? Agora esquece e avança por entre paredes, torna cada desejo num mudo passar de seres, deixa que não vejam esse pequenino monstrinho que se foi reconstruindo e reconstruindo por momentos que não passaste com quem pensaste, palavras que descrevem cada linha de uma mão que se mantém distanciada, de lábios impossíveis de se tocarem, de momentos impossíveis de se cruzarem, dando por ti a suspirar por um futuro que não sabes se alcançarás, de um segredo que guardarás até desaparecer por completo, de um profundo gesto, de um sorriso, de um olhar que permanecerá por secretas mentes de um obscuro completo, de um futuro que na verdade não tem nada de certo e por fim dás por ti a complementar cada pôr do sol, cada luar, cada frase que compõe uma lágrima na tua face, de um morder de lábios que são simplesmente teus, embaciando o olhar e acariciando cada fio de cabelo por uma noite, por um sonho que só tu o reconheces, que apenas tu o conheces.

sábado, 8 de outubro de 2011

Vida num olhar, um rasgão de um recordar

Durante anos tentei ser o que na verdade não sou, tentei esconder o que queria ser, tentei enganar a fragilidade de um ser inconstante e inseguro, na verdade ainda tento, agora apaixono-me por cada página que ainda há tão pouco tempo rasguei de uma vida, claro que me arrependo de muitos actos, de muita gravuras que permanecem em mim, mas se pudesses apagar cada rasgão de um olhar, não apagava, isto faz parte de mim, isto é o que sou, o que me tornei.
Podes criticar, ou ignorar-me, ou até arrepiar-te com o que vês, mas não peço que entendas, pois a maturidade vem com o tempo, o crescer vem com sacrifícios, o ser completo apenas se constrói com o tempo, com cada erro, com cada agarrar de frases, de um rasgar que ficou cravado em mim. Dizes saber o seu significado, mas isso deixo-o cravado com o seu consequente rasgão. 
Se não quiseres olhar, não olhes, se quiseres comentar, comenta, a liberdade de expressão foi demasiado sacrificada e lutada para que agora não exista, portanto fala, mas quando cada palavra se enrolar na tua língua, te bater nos dentes, pensa que também eu terei direito a essa liberdade, a um aceitar ou um ignorar de cada dissabor feito por alguém que também já errou, que também já magoou e que ainda não foi suficientemente forte para crescer com isso ... Obrigada por me fazeres acreditar em mim "VIDA"

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A minha DIFERENÇA a minha EXISTÊNCIA

Escondes em cada olhar a falta de um abrigo, um forte sentido de um desabrochar, de um colorir de uma vida. Ouves aquela voz que te diz o que é o melhor, todos olham para ti como se fosses diferente, muitos criticam, muitos dissuadem cada atitude, com uma incompreensão que querem colorir em preto. Esquecendo-se que o preto é uma mistura de todas as cores e talvez seja mesmo isso que eu sou, uma mistura de atitudes, de personalidades e isso ninguém consegue entender... não digo ser dor de cotovelo ou má educação mas sim a fonte de um abrigo que me pertence, que se abre com cada palavra minha, com cada olhar e gesto que tenho orgulho em dizer que me pertence que é meu...
Não tenhas medo de sr diferente, orgulha-te de não seres igual aos outros, de não dependeres de uma imagem que os outros gostam, mas de teres algo só teu, que te representa, pois o teu estatuto sabes que é teu e não uma cópia do que queriam que fosses, nem sempre é fácil, mas ninguém contorna os desafios, a fonte de um olhar, o rasgar de cada palavra como nós, a nossa barreira já foi construída e poderemos largar a capa, pois somos nós, somos a verdade, a facilidade de uma diferença, a força de uma resistência e agora CRITIQUEM-NOS LÁ! 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O desligar

  Imagino cada retrato presenciado por dois, planos construídos a dois, mas deixas que tudo leve o que representamos, deixas desaparecer o que na verdade se sente, ou se deseja, fazes-me duvidar do que realmente sentes agora, não consigo deixar de olhar para o telemóvel na esperança de receber uma mensagem tua, uma novidade, ou um simples telefonema, onde consigo ouvir a tua voz.
  Digo seguir em frente e esquecer, mas o meu peito não deixa, peço que as lágrimas não caiam, que a voz se cale, que as minhas mãos entorpeçam e perguntando-me o porquê, desligo-me de alguém que tanto amo, que tanto desejo.
  Neste momento odeio cada palavra, odeio cada beijo, não teu, mas dos que vejo quando passo, ou que se vê na tv, pois o que mais amava era aquele teu beijo, ouvir a tua voz, ter-te de novo nos meus braços, mas não acreditas, não ouves, parece que tudo é mais importante que cada palavra que transcrevo, deixas que cada palavra caia por entre um fundo de medo e dor, esqueces-me por completo, ensina-me então a desligar como me desligaste...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Abraço


  Passámos por tantos momentos juntos, tantos momentos que marcaram tanto numa vida tão ingénua e insignificante como agora parece, num seguir em frente dificil de entender, num acabar que ninguém entende, a não ser nós dois... Podes falar de mim, podes criticar casa atitude, podes ripostar, ou arrancar aquele pedaço que mais me marca mas jamais me poderáss tirar a força, a luta .
  Pois sei que te amei, que te amo e que por muito que digas que não, fui das pessoas que mais te apoiei e tentei entender cada paço, cada etapa, cada atitude, para agora receber uma simples mensagem que mudu tanto em mim. Sim as lágrimas correm sobre o meu rosto, a minha voz fica muda e o meu corpo fica frágil, mas jamais o saberás, jamais saberás o que eu significo ou o valor que eu realmente tenho. E por entre amizades, por entre estradas, o tanto abraço que esperei e imaginei sumiu por completo como se na verdade continuasse guardado naquele cofre de uma maturidade de um agradecimento, um abraço que continuarei a esperar, que continuarei a desejar e amar por entre caminhos de pecado que juntos ou pelo menos que achaste impossivel de alcançar.
 Não vou pedir mais que voltes, não vou pedir mais que me ames, pois tal como o braço este amor tem de ser sentido e genuino, desculpa a sinceridade e obrigado me fazeres crescer e saber que na verdade sou mais forte do que pensava e quando cresceres, quando te arrependeres espero estar aqui para ver, pois nesse dia, vais desejar ter crescido mais cedo, teres sido melhor e irás querer mudar o passado e nesse dia terás alguém que te dirá "Não sei se consigo, tens um passado dificil de aceitar..."

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ainda o retratas '?

  Pintas naquele retrato todo o sentimento que durante meses transcreveste por entre as mais macabras linhas de uma dor que permanece, num risco que corroí cada esboço que se foi construindo, um esborratado de um caminho que pensei que o sentisses, num caminho que me arrancaste junto de folhagem das mais quentes cores.

  O mais engraçado é seres o único a entender por inteiro cada palavra que escrevo e nem assim, consegues decifrar o que na verdade pretendo dizer, preferes a ilusão de uma cidade rodeada de seres imundos, de cores e grafismos tão importantes para divulgar um tal alguém, para mim o ser ninguém é um fascismo de uma realidade, é o reviver de cada momento, desfrutar daquela esperança, daquele silêncio que entra pelos meus lábios, que enrola na minha língua, controlando o cérebro, controlando cada palavra pronta a dizer. Silêncio que não esquecerei, palavras que não descreverei, momentos que na verdade não esquecerei... 

  Mas então volto a ser o ninguém, não preciso de fama e de muito menos preciso de uma humilhação por entre campas de bares, por entre mortes de um rasgar de um céu, um rasgar de um sol, de um calor que magoa, de um amor que na verdade não se perdoa, não se doa, apenas se ama !!


domingo, 2 de outubro de 2011

O meu Heroi

 Permaneces num profundo silêncio, numa voz de combate, numa luta constante por obstáculos que ensinas que incentivas a travar e nem por um único segundo deixas cair aquela pequena e tão frágil flor, flor essa de pétalas brancas, de cale fino e de brilhante verde predominante de uma esperança, de um profundo amarelo de desejo e de orgulho.

 E então guardas na gaveta essa flor, escutas, cuidas dela, sem a deixar murchar, secas cada lágrima que deita, aconchegas cada dor, cada amargura e quando estiver suficientemente forte, deixa-la ir embora, deixas que se plante onde tanto batalhaste. Foi tudo isto que me ensinaste, foi tudo isto que me fez orgulhar de dizer que afinal existe amor, que afinal existe razão para viver...

 Todos os dias visito essa flor, todos os dias rego e rego essa flor, mas quando já não consigo que a felicidade se apodere dela, lá estás tu, com esse olhar de lince, com a força de um tornando, com o orgulho de um amor, com um desejo de um pequeno vento que entornaste em mim, aquela maturidade que ofuscou cada dia, que me fez dizer sim ... "Pai és o meu Herói"