Perguntas por onde caminho, seguras-me a mão, mas nem uma palavra, nem um carinho, dizes que me amas, que queres construir um futuro comigo e quando te pergunto "sabes o que me estás a dizer, o que me estás a fazer'", tu largas a mão e dizes então vai. Ainda olho para trás, ainda te tento beijar, ainda tento avançar, mas os pés ficam presos a um chão embrulhado numa dor, num petróleo, ficando presa aquele fogo que me deixa queimar por completo... E quando tudo se apaga, o telemóvel não toca, as palavras deixam de existir, a imagem desaparece por completo sem se saber o que está certo e aproximas-te de novo, dizendo que me amas e eu é que fui injusta e então calo-me, defendendo-te com certas fases de uma vida comparadas a uma rosa de espinhos.
Na realidade sei que a culpa não é daquele céu mas de um mar revoltado que embate sobre rochas de rochedos, de medos que tentei filtrar de um modo que o amar permanece, mas que a dor, a mágoa não esquece. Eu talvez nem seja o teu céu, talvez nem seja o mar que tanto desejavas que eu fosse, mas sim talvez tudo seja como o vento lamentando afugentando tudo o que mais amas, talvez por a paisagem, a beleza de um poster ser mais importante numa vida.
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