quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Segurança, Esculpir, Caracterizar, Respeitar, Esperança, Traduzir e SONHAR!!



   Sento-me sobre uma ponte que inveja cada passagem, que inveja cada simples olhar de uma paisagem, de uma imagem que cada um alcança... De tantas memórias, de tantas histórias, continuas a guardar cada segredo como teu, embalando por entre ondas, a verdadeira e derradeira forma de dar a mão, cada forma de explorar o chão, chão esse que calcas e apagas de um sorriso, de um profundo desejo de mergulhar sobre aquela húmida inundação de tanta lágrima, de tanta dor, de tanta amargura, mas mesmo assim fazes-me sentir segura.

   Deixas reflectir em ti cada ser, cada luz de um sol, cada força de um raio, inundando cada discussão e mais um segredo que guardas, mais uma história que fica para contar, mais um desejo de voar e sentada penso, que escondes tu de mim'? 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A tua Carta Avô


  Dizes-me que feche os olhos e recorde cada fase e etapa que na verdade se tornou num herói de um desejo, de uma representação, de uma união inacabada por entre barcos de uma mercadoria, de vitórias, de uma sabedoria. Que no fim se tornou mágica e tão colorida de um amor ou uma ferida que avança consoante o tempo, consoante os anos.

  Sempre me disseste "arrisca, luta que o tempo não pára", na altura não entendi e para ser sincera ainda não entendo, lembro-me daquela frase "És o meu orgulho, a vitória que fui alcançando...", mas que vitória?

  Por vezes sinto-me tão perdida, ainda te sinto em cada folha a cair, em cada pôr do sol, em cada gota que molha o meu rosto, em cada sopro de um vento que empurra fio a fio do meu cabelo, em cada palavra transcrita numa folha que tinha ficado em branco, em cada música que penetra em mim num sussurro de avançar, de caracterizar cada caminho e sonhos. E continuas a ensinar-me a voar, a lutar e a mergulhar em cada luar que ilumina o mais pequeno sorriso, o sol que aquece o meu olhar e o chover que me acompanha em cada lágrima .

  Esta é a carta que tanto me pedia, a voz que tanto querias, a maturidade que tanto desejavas e pensaste que um dia a alcançaria!

A de aguarela, M de minoria, O de olhar, T de teatro e E de esperar (Juntas e o que dá ?)



Perguntas por onde caminho, seguras-me a mão, mas nem uma palavra, nem um carinho, dizes que me amas, que queres construir um futuro comigo e quando te pergunto "sabes o que me estás a dizer, o que me estás a fazer'", tu largas a mão e dizes então vai. Ainda olho para trás, ainda te tento beijar, ainda tento avançar, mas os pés ficam presos a um chão embrulhado numa dor, num petróleo, ficando presa aquele fogo que me deixa queimar por completo... E quando tudo se apaga, o telemóvel não toca, as palavras deixam de existir, a imagem desaparece por completo sem se saber o que está certo e aproximas-te de novo, dizendo que me amas e eu é que fui injusta e então calo-me, defendendo-te com certas fases de uma vida comparadas a uma rosa de espinhos. 

Na realidade sei que a culpa não é daquele céu mas de um mar revoltado que embate sobre rochas de rochedos, de medos que tentei filtrar de um modo que o amar permanece, mas que a dor, a mágoa não esquece. Eu talvez nem seja o teu céu, talvez nem seja o mar que tanto desejavas que eu fosse, mas sim  talvez tudo seja como o vento lamentando afugentando tudo o que mais amas, talvez por a paisagem, a beleza de um poster ser mais importante numa vida.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cigarremeu



Sento-me no peitoril da janela observando cada retrato de alguém, sonhando com um diferente ninguém. Dizes saber o que eu observo ou penso, ou sinto... E talvez saibas, mas há algo que prefiro guardar para mim, voando por entre o fumo do cigarro que me acalma, que ocupa os meus lábios, os meus dedos, deixando escapar cada cinza de um sorriso, do que na verdade preciso, esquecendo ou deixando apagar aquela desilusão que perdurou, até um final...

E neste final deixo voar tudo o que sonhei, ou lutei. Pois sei que um dia tudo será diferente, que o meu cigarro não se apagará e quando voar tu irás apanhar só espero que não te queimes, talvez até o deixes voar, talvez até nem o vejas, ou simplesmente te passará ao lado, mas nesse dia, a minha alma voará por entre as cinzas e quando ao chão chegar, a minha hora também chegou e no fim nada mudou, a não ser que a minha janela continuará aberta para aqueles pequeninos seres de vontade, de uma união, de uma facilidade que na realidade não se soube agarrar, ou amar...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O meu AZUL

  
   
  Procuro aquele sorriso que se afogou por entre tintas de painéis azulados, por palavras e momentos inacabados de um ser que permanece dentro de mim, como num poço sem fundo, como num mundo sem fim... Dizem que tenho um modo estranho de falar, dizem que procuro algo impossível de alcançar, talvez até tenham razão, talvez até saibam dizer um "não" muito melhor que eu.

  Mas se procurasse a facilidade nada teria sentido, não existiria aquele perigo que aquece o sabor de um forte calor em mim, em ti, presente aqui... Por isso procuro no céu, no mar, em cada sonho, em cada acreditar aquele azul que me acalma que me enche a alma!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sem uma única resposta te digo...


Deixo de tricotar cada sorriso em mente, como aquele olhar permanente de uma défice de estupidez, ou surdez que apaga o respeito, aquele ser eleito, que magoa e risca cada palavra escrita no papel e deixo escorrer pelo chão com água bem gelada pois eu já caí, já estou magoada...


Pouco te importa o que sou, quem sou, interessa sim o que tu queres, o que tu achas, desvalorizando cada gesto, cada sorriso, cada palavra que te entreguei em memória em sinal de um amor que ainda tenho e não desaparece mas não o mereces e sabes muito bem que sou  mais que alguém mas o teu ego é mais forte, a atua imagem é demasiado preciosa para que deixes cair a máscara...CHEGA!!!

Eu não sou uma farsa, não sou falsa, sou demasiado sincera e calma... estou cansada de ofuscar cada palavra para não te magoar, para te proteger quando nem fazes o mesmo por mim, quando ignoras e desprezas tudo em que sonho e acredito...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Caminho eu, ou caminhas tu ?

Fico a olhar em branco, como de pano de fundo, como se desabasse em mim o mundo, sem conseguir dizer, por favor lê, por favor olha para mim, como se não existisse um pequenino orgulho ou curiosidade no que faço, escrevo ou represento... Mas talvez seja isto que represento, uma imagem para estar do teu lado, onde escondes, esqueces e desapareces quando bem te apetece dizendo um simples ADEUS.

Não entendo porque ainda te ligo, ou mando mensagens, ou espero que tudo mude, se voltas a correr para ignorar ou criticar cada gesto ou atitude para contigo, como se fosse um poço de defeitos que se desliga com um simples comando, não entendo porque ainda fico calada, quando falas e desrespeitas tudo aquilo em que acredito. Serei um simples objecto coberto por um ensanguentado olhar de um desprezo, de um sentimento que na verdade nem sei a que se refere, será castigo ou simplesmente mais um labirinto que esconde de mim, a verdadeira essência de um viver, do que na verdade é um sorriso ou um simples abraço!!

É bom estar ao teu lado, na verdade amo-te e muito, mas tornas tudo tão difícil ou serei mesmo eu que não saberei lidar com isto, riscas do caminho o sonho de um futuro próximo, de um olhar fonético de um gesto que tentei que fosse teu, de mensagens que tentar passar e bloqueaste com um não. Será que sabes ao que me refiro? Estou cansada de ter de ser a menina boa, de entender tudo o que se passa à minha volta, de ter de crescer, de ter de ser eu a adulta, de ter de ser eu a intermediária de uma luta que na verdade pertence a nós dois e que apenas eu a travo, fico sem forças na verdade sem vontade de acreditar numa mudança, só quero ignorar aquela esperança e deitar-me sobre a minha cama e adormecer lentamente sobre algo que não me pertence, que não avança, que não me quer por perto...