sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Porquê?

Choves por mim, enublas cada olhar, entornas cada forma de beijar, cada forma de sorrir, por um orgulho que te pertence, ignoras cada sentimento, penduras na janela toda a amargura e desespero por uma longa espera infinita que disseste ser a preferida. Dói, dói imenso, parece que somos torturados por sentimentos que pensámos que nos trouxessem felicidade, momentos que achámos que fossem a chave do nosso amor, mas na verdade depois de tudo não passa de um passado que ficou esquecido por ti.
Seguirei a minha vida em frente, seguirei por caminhos diferentes dos teus e quando nos cruzaremos mudarei de rumo, chega de me magoar, chega de duvidar de mim, pois a verdade é que chegou ao fim. E por muito que custe, por muito tempo que possa demorar sei que um dia me darás o valor que realmente tenho, não são nem metade do que pensaste que eu era, e agora ainda ficas admirado pelas minhas atitudes, sempre pensei que me conhecias um pouco, que fosses o primeiro a dizer o que na verdade sou, mas não, falas de mim como se fosse uma desconhecida, como se tivesses estado comigo durante 2 dias, mas vou conseguir parar de chorar, vou conseguir deixar de sofrer e viver, viver cada segundo com maturidade, com empenho e orgulho no que sou, no que fui e no que me tornei !

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Desculpa

Passeio por entre ruas geladas, caminho sobre cada pedaço de relva que me molha os pés, deixo que a chuva caia por mim, deixo-me invadir por cada uma das nuvens que vagueia por entre mim... Ficando ensopada por um passado que me magoa um pouco, por momentos que desesperam em cada passo que dou ou fica por dar.
Saberei bem quando parar, saberei esquecer algo que foi meu, saberei ignorar comentários e vencer obstáculos que acabei por perder para um viver que apenas é meu, sentimentos que apagaste com aquela borracha, mas volto a escrever o que sou o que deixei de ser, sei que não sou perfeita, mas sei que um dia o sol irá brilhar não só para mim mas para todos até mesmo para ti . Sim não sou egoísta ao ponto de querer tudo para mim, não sou egoísta por querer prender alguém que quis voar, que encontrou o espaço para se libertar, agora é a minha vez de conseguir e lutar por uma liberdade que sei que me fará conhecer o verdadeiro significado de sorrir, sei que um dia conseguirei olhar para o espelho sem medo, olhar para mim  gostar e nesse dia tudo será diferente, podes conseguir ainda agarrar cada lágrima, agarrar cada dor que sinto, cada amargura que me invade, mas o meu orgulho, a minha mente não agarras mais, o meu corpo já não te pertence, o meu sorriso já não é teu, o meu olhar já não te vê, pois conseguiste trazer o nevoeiro, a chuva que permanece em cada olhar que direcciono a ti!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Embrulhar de um Mar

Adormeço sobre o acordar de um sol, sobre o deitar de uma lua, sobre o brilhar de estrelas que penduram em mim histórias que foram sendo reveladas por cores entornadas em cada página de um sorriso, de uma lágrima que deixo cair sobre um rosto de um amadurecer, de um ser que na verdade fica entredito entre passagens de memórias encontradas num flutuar de uma bóia que ficou abandonada em pleno mar. E então deixo que me espreites por entre aquela janela de uma vida que foi passando e passando, de um sorriso que se foi ficando escasso num desespero de conhecer o que na verdade sou ou deixo de ser, deixo que olhes e comentes, deixo que fales e que tentes então escrever naquele meu diário que pensas que escondo entre os meus braços...
Na verdade continuo numa página em branco, continuo no preencher de cada cor, de cada sabor que adormece entre nós, entre um passado que disseste conhecer, num presente que censuras e num futuro que deixo que fique  no desconhecido, entornando no meu corpo cada lágrima que corre por um rosto que permanece esquecido, deixando cair aquele pedaço de papel que embrulha cada sonho, cada história que foi construída com um príncipe encantado, ou um cavaleiro que pensei que fosse verdadeiro, na verdade deixo fazer parte de uma infância de um mar que atravessou a minha janela, que desmoronou o ideal, o desejo, a predição e até o desespero, ficando embrulhado nos meus pés cada grão de areia que deixas que te acompanhe, vejo ao longe o teu infinito, onde guardas cada suspiro, cada sorriso, cada olhar e vida perdido.