quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eu sei, saber sei... mas doi


De tantos desejos, de tantos momentos restam uma lágrima,

Aquela que invadiu os meus sentidos, transcrita numa página,
Numa amargura de sorrisos e palavras sem descrição,
E agora tudo não passa de meros objectivos de uma razão.

Sei bem o que tenho de fazer e se não o quiser?
Vou continuar a sofrer? ou alguma coisa pode mudar o que disser,
Pois, claro que sim, a vida é mesmo justa...oh ... não quero sofrer,
Mas dizer isso é como dizer que não existe viver
E isso existe como ou sem algo tudo acaba por se revelar,
Mas o sentimento, ou é isto que significa amar?
Palavras que saem e voam com o vento,
Que penetram num profundo e eterno pensamento.

Serei amor? ou serei apenas mais uma como objecto,
Como uma boneca que sorri de uma felicidade projectada num gesto,
Gesto esse que sei que evapora e dá a volta ao mundo como um ciclo,
seria bem mais fácil andar naquele meu triciclo, viajando num olhar sem que fosse fisico!! 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Teatro de uma Vida

  Dás sorrisos num desespero, numa estranha procura de algo ou de alguém, deparando-te com imenso labirinto à tua espera, à espera que vendas de ti o bem mais precioso, o mistério que mais te orgulhas de agarrar, mas avanças, sabes bem que por muito que seja difícil, esta meta vais ter de ultrapassar! 

  E sim é bem mais fácil falar que agir, mais fácil encarar toda aquela fantasia que a verdade que espreita por entre o teu olhar, por entre o sabor dos teus lábios ou a arrogância do teu sorriso. Não vou mentir, não vou tentar resistir, mas sim esperar, esperar que se fechem as cortinas, que o público bata palmas, que as rosas caiam dos camarins e que as luzes se apaguem... Deixando o silencio presidir naquele anfiteatro tão gelado, tão ofuscado de tantos segredos e encenações de uma realidade, de momentos que vivenciaste e deixaste que voassem por entre os teus dedos, que fizessem parte de um vento que sabes tão bem que apenas a ti pertence e mesmo assim, deixas que se deite pelo meu corpo, que seque as lágrimas, que faça parte do meu sorriso, que mergulhe pela minha garganta que saia por uma voz que vem de dentro...
 
  E então falo, não calo a voz que me deste, não prendo os dedos e permito que escrevas o que pensas, que me uses, que ofusques cada sentido, cada pensamento, cada momento, cada presença, cada história, história essa que por ti encenarei, escreverei, naquele palco tão frio mas tão quente, de luzes de mágoa e de palmas de desentendedores que amam observar e criticar o amor, a dor que pensam ser fruto de uma magia, quando tudo não passa de uma SOCIEDADE MEDÍOCRE!